O Impacto do Visual Law e do Legal Design no Poder Judiciário Brasileiro. Análise de dados dos resultados já obtidos no país.
O Poder Judiciário brasileiro enfrenta um desafio monumental, como evidenciado pelo relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ): Justiça em Números 2019. A entrada constante de novos casos nos cinco maiores tribunais do país e o acúmulo de processos na primeira instância destacam a sobrecarga enfrentada pelos magistrados, que lidam com uma média de aproximadamente 9.940 casos por ano.
Nesse contexto, surge uma nova abordagem: o Visual Law e o Legal Design. Um estudo realizado pelo Legal Design Lab, da Universidade de Stanford, revela que a aplicação dessas técnicas pode reduzir drasticamente o tempo necessário para revisar documentos legais, com uma diminuição de até 80%.
Pesquisas recentes corroboram a eficácia dessas abordagens. Segundo uma pesquisa realizada pelo advogado Bernardo Azevedo em 2020, muitos juízes brasileiros enfrentam dificuldades ao analisar petições devido à falta de clareza e organização. Cerca de 77,9% dos juízes acreditam que elementos visuais facilitam a análise desses documentos, destacando a importância da comunicação visual no contexto jurídico.
Além disso, dados fornecidos pela Thermopylae Sciences + Technology revelam que cerca de 90% da informação processada pelo cérebro humano é visual, tornando a comunicação visual uma ferramenta poderosa para transmitir informações de forma rápida e eficaz.
Uma pesquisa realizada pela VisuLaw em novembro de 2020 confirma essa tendência. Dos 147 juízes consultados, mais de 77% consideram que elementos visuais facilitam a análise de petições e documentos jurídicos. Entre as características que tornam uma petição mais agradável para análise estão a redação objetiva, a boa formatação da peça e o uso de destaques no texto.
Esses resultados indicam não apenas a eficácia do Visual Law e do Legal Design, mas também sua capacidade de melhorar a clareza, acessibilidade e eficiência dos documentos jurídicos. Ao adotar essas inovações, o sistema judiciário brasileiro pode se tornar mais ágil, transparente e eficaz, promovendo uma justiça acessível a todos.